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PROJETO CULTURAL DE ESCOLA

O Agrupamento de Escolas de Castro Daire, em parceria com o Município de Castro Daire e o Plano Nacional das Artes, aderiu, no ano letivo 2019/2020, ao Plano Nacional das Artes, uma iniciativa conjunta do Ministério da Educação e do Ministério da Cultura, cuja missão é promover a transformação social, mobilizando o poder educativo das artes, da cultura e do património na vida dos cidadãos: para todos e com cada um.

Afirmando-se como um projeto de artes, património, cultura, educação e cidadania, o Projeto Cultural de Escola do Agrupamento de Escolas de Castro Daire enquadra-se no contexto educativo, cultural e socioeconómico do concelho de Castro Daire, um território rico em património material e imaterial, mas desafiado pelo despovoamento, pelas assimetrias regionais e pelo baixo índice de literacia cultural.

A missão do Projeto Cultural de Escola é sensibilizar e educar os alunos e a restante comunidade educativa para a sua identidade cultural, para a valorização e preservação do seu património e do seu território e para a sustentabilidade no meio rural.

O Projeto Cultural de Escola pretende consciencializar os alunos e a comunidade para o valor cultural e patrimonial do seu território, conhecendo os seus recursos endógenos e interpretando-os como um instrumento de desenvolvimento cultural, social, económico e de empreendedorismo.

Este projeto contempla várias ações:

  1. Construindo a minha identidade cultural - o meio onde me insiro e ao qual pertenço e as suas fontes de riqueza cultural caraterizam-me e identificam-me;

  2. As Águas da minha Terra – Rio Paiva e Termas do Carvalhal - quanto valor patrimonial e ecológico se encontra nesta matéria que nos dá vida;

  3. O Campo e o Barro - Tesouros a descobrir - as matérias naturais, o saber fazer, as artes e ofícios da minha terra fazem dela um lugar único com potencial de criatividade e inovação;

  4. Aldeias da nossa História - o património local e a arquitetura das habitações constroem a arquitetura cultural e social do nosso povo;

  5. Serra do Montemuro/ A Última Rota da Transumância - manter a tradição e incentivar a inovação, exaltando a natureza, a biodiversidade, a sustentabilidade, os recursos endógenos e as suas potencialidades.

Neste momento da nossa História, em função da pandemia que nos assola, atravessamos um tempo estranho e ao mesmo tempo revelador, que por si só, pode constituir-se como uma fonte de transformação social.  Lembra-nos nitidamente que todos somos agentes comunitários; todos devemos assumir e cumprir o nosso papel de agentes de saúde pública, mantendo o distanciamento social e o confinamento. Mas não nos podemos esquecer que também somos agentes da nossa própria evolução enquanto cidadãos. Como tal, somos responsáveis pelo nosso quilómetro quadrado- temos a responsabilidade de contribuir para a preservação do nosso património, para a elevação da nossa cultura e para a transformação da nossa sociedade.

Seja património material ou imaterial, é inestimável a beleza que podemos descobrir nos recantos mais escondidos ou expostos da nossa terra. Vamos conservá-la, valorizá-la e fazer dela a nossa melhor herança e a melhor herança das próximas gerações.  

Por estes dias de incerteza, não nos podemos esquecer das nossas responsabilidades, devemos contribuir para a solução dos problemas, seja por razões sanitárias ou patrimoniais. Fica em casa!

Projeto Cultural de Escola 2019/ 2020

Consultar aqui

Projeto Cultural de Escola 2020/ 2021

Consultar aqui

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No ano letivo 2020/2021, no âmbito do Projeto Cultural de Escola, o Agrupamento de Escolas de Castro Daire encontra-se a dar continuidade às atividades programadas para o 1º ciclo no ano letivo anterior e iniciou um Domínio de Autonomia Curricular, designado "Atualização do Saber Fazer Castrense", o qual se desenvolve no 2º, 3º ciclo e Secundário, com base na seguinte questão-chapéu:

Como podem o Artesanato e o Saber Fazer Castrense contribuir para o Desenvolvimento Sustentável?

Este DAC está integrado num programa de Residência Artística e pretende valorizar o património local através do estudo e da pesquisa das suas matérias naturais, artes e ofícios,  métodos e práticas do saber fazer castrense em contexto interdisciplinar e transdisciplinar, mas também tem o objetivo de educar para o desenvolvimento sustentável e o equilíbrio ambiental através do conhecimento, da reflexão e do debate sobre a cultura de consumo ancestral e contemporânea, procurando modificar mentalidades sobre o valor e o potencial humano, social, económico e cultural do território, sensibilizando para o uso e a exploração sustentável dos seus recursos endógenos.

DAC "Atualização do Saber Fazer Castrense"
documento orientador

Consultar aqui

Cerimónia de Assinatura do Protocolo

Plano Nacional das Artes, Município de Castro Daire e Agrupamento de Escolas de Castro Daire

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Dezembro 2019

AÇÕES DO PROJETO CULTURAL DE ESCOLA

1. Construindo a minha Identidade Cultural

Nesta ação, foram dinamizadas sessões e dinâmicas de grupo, onde os alunos contactaram com objetos e histórias relacionados com a cultura e o património da nossa região. Através de jogos e atividades, os alunos confrontaram-se com várias questões relacionadas com a sua identidade cultural e a importância da cultura e do património na construção da sua identidade e da sua formação individual e coletiva. Consciencializaram-se quanto ao seu sentido de pertença, de enraizamento e de inclusão no meio que os rodeia.  Debateram o seu papel e responsabilidade no exercício de uma cidadania ativa, na preservação e valorização do património e no desenvolvimento do território. Através da expressão plástica, assimilaram a natureza e o sentido dos objetos que definiram o modo de vida das nossas gentes até ao dia de hoje.

A ação culminou com uma visita de estudo do território, num percurso cultural e turístico, com paragem no Mosteiro da Ermida e no Museu na Relva, acompanhados de professores e agentes culturais que proporcionaram  aos alunos aulas de campo numa vertente interdisciplinar e transdisciplinar.

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Sair para Entrar - Visita de Estudo à Igreja da Ermida e ao Museu da Relva

2. As Águas da minha Terra

Nesta ação, e com a colobaração do projeto de empreendedorismo WANTED, os alunos conheceram com mais profundidade o seu território, no que respeita às suas valências relacionadas com a água, nomeadamente as Termas do Carvalhal e o Rio Paiva. Numa perspetiva interdisciplinar e transdisciplinar, com recurso a dinâmicas e atividades teórico-práticas e sessões de artes, nomeadamente de expressão musical e expressão plástica, os alunos envolveram-se na temática da água e consciencializaram-se mais uma vez sobre o valor do seu território, das suas matérias e recursos endógenos.

A ação incluiu  uma visita de estudo no território- Rio Piava e Termas do Carvalhal, onde os alunos conheceram in loco os diferentes tipos de água. Tiveram a oportunidade de conhecer melhor o rio, a sua biodiversidade, cultura, história e geologia, bem como a água termal, as suas características, composição e utilidade, através de experiências e tratamentos termais, atividades lúdicas e artísticas, bem como palestras sobre o Rio Paiva e as águas termais.

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Canção da Água

Letra e Música - Pe Victor

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  3. O Campo e o Barro - Tesouros a Descobrir

Os saberes e fazeres ancestrais das nossas gentes, as tradições, as artes e ofícios como a tecelagem, a olaria do barro preto, a cestaria, a latoaria, a tamancaria, entre outros, fazem parte da nossa cultura e não devem ficar remetidos ao passado; merecem ser valorizados, recuperados, preservados e trazidos para a atualidade. O artesanato é uma marca do nosso território e é um recurso de desenvolvimento cultural, económico e social.  Com olhares contemporâneos, valorizando e inovando as nossas artes, podemos fazer do nosso património um lugar ainda mais rico.

Nesta ação, e com a colobaração do projeto de empreendedorismo WANTED, os alunos conheceram com mais profundidade o seu território e as matérias rurais aí existentes, bem como a sua utilidade e aplicação. Abordaram a região de Castro Daire em termos de artesanato, artesãos, costumes e tradições e identificaram as artes e ofícios tradicionais nas suas localidades de residência. Em sessões de expressão plástica, manusearam matérias e objetos da natureza, como o barro, bogalhos, madeiras, lã e burel  e criaram diferentes peças de arte, de acordo com a sua plasticidade e imaginação.

A ação incluiu uma visita de estudo no território relacionada com a olaria e o barro,  onde os alunos tiveram contacto com a recolha do barro no campo, a arte da olaria e a sua cozedura na suenga. Nas Termas do Carvalhal, com o professor Augusto Soares, os alunos tiveram um workshop de barro vermelho e no ateliê de professor Jorge Ferreira, em Ribolhos, tiveram vários workshops, onde experimentaram todo o processo de trabalhar e cozer o barro preto, característico do nosso território.

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Território - Artes e Ofícios

PNA e Empreendedorismo

Semana das Matérias Rurais

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Entre os dias 2 e 6 de março de 2020, Castro Daire acolheu a Semana das Matérias Rurais, uma semana cultural promovida no âmbito do Plano Nacional das Artes - Projeto Cultural de Escola do Agrupamento de Escolas de Castro Daire, que começou nas Termas do Carvalhal e em Ribolhos, continuando em várias escolas do agrupamento, com visitas de estudo e ateliês relacionados com as matérias rurais e o artesanato castrense.

 

No dia 2 de março, foi o arranque desta semana cultural, com uma visita de estudo às Termas do Carvalhal e a Ribolhos. O objetivo era trabalhar as ações do Projeto Cultural de Escola "As Águas da minha Terra" e "O Campo e o Barro - Tesouros a Descobrir". 

No período da manhã, mais de uma centena de alunos do 1º ciclo dos Agrupamentos de Escolas de Castro Daire e Arouca concentraram-se nas Termas do Carvalhal, onde usufruíram de diversas atividades, que resultaram de uma sinergia entre o Agrupamento de Escolas de Castro Daire e o Município de Castro Daire, com a parceria das Termas Centro, a colaboração da associação ADRIMAG - Montanhas Mágicas, a associação Arouca Geopark e ainda o projeto Wanted, da CIM Viseu Dão Lafões.

O dia começou com a canção da Água, um pequeno presente de boas-vindas que os alunos de Castro Daire ofereceram aos alunos de Arouca e restantes participantes. Seguiram-se diversas atividades, desde tratamentos termais, atividades artísticas, animação com mascotes e uma palestra sobre o Rio Paiva e as Montanhas Mágicas. O tema da água no território local e regional despertou a curiosidade, o interesse e a consciência dos alunos em relação ao património que os rodeia, o seu inquestionável valor e a responsabilidade de o descobrir, proteger e preservar, identificando-se, com as mascotes "Super Termas" e "Gaspar e Maria", como os guardiões e empreendedores do futuro.

Esta ação revelou-se muito enriquecedora para todos os participantes, não apenas pelas experiências vividas, mas também pela partilha e pela cumplicidade de comungarem de um mesmo património, que é a água e as suas valências. Os alunos de Arouca tiveram a oportunidade de conhecer as águas termais, concretamente as Termas do Carvalhal, e os alunos de Castro Daire alargaram a sua mundividência quanto ao Rio Paiva e todo o fluxo desportivo, cultural, turístico, arqueológico e de biodiversidade que ele movimenta.

No período da tarde, os alunos deslumbraram-se com a arte de trabalhar o barro. Nas Termas do Carvalhal,o artista e professor Augusto Soares fascinou com a arte da olaria; em Ribolhos, o professor e artesão da olaria do barro preto, Jorge Ferreira, recebeu os alunos no seu ateliê e transportou-os para outra dimensão. Foi um regresso ao passado das artes e ofícios de Castro Daire, evocando os tempos do Mestre Zé Maria, conhecido oleiro do barro preto. Nesta fase, os alunos tiveram a oportunidade de viver uma experiência única, contactando com a arte de trabalhar o barro como manda a tradição, desde a recolha à sua cozedura na suenga.

A cultura continuou durante o resto da semana com o artista residente Binaural Nodar a promover os ateliês "Matérias Rurais: universos educativos, plásticos e sensoriais" aos alunos e restante comunidade educativa do agrupamento. Trata-se de um trabalho de recolha efetuado no âmbito do projeto do Município de Castro Daire "Memória sobre Rodas". Aqui se deu a conhecer e a experienciar o potencial plástico e sensorial de matérias rurais, como o barro, a madeira e a lã, através de uma série de exercícios de composição visual, de captação sonora e de improvisação coletiva.

O Plano Nacional das Artes, em Castro Daire, visa sensibilizar e consciencializar os cidadãos para a sua identidade cultural, para a valorização e preservação do seu património e para a sustentabilidade no meio rural. Pretende-se que esta iniciativa seja um mote para que os alunos e cidadãos se mobilizem como agentes de desenvolvimento do território a nível cultural, social e económico e que transforme o olhar com que ele é visto e entendido, especialmente revelando o seu potencial de desenvolvimento, descortinando estratégias de fixação de pessoas e gerações no concelho e dando oportunidades de criação e fruição cultural para todos e a cada um.

Sair para Entrar

As Águas da minha Terra

O Campo e o Barro - Tesouros a Descobrir

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Semana das Matérias Rurais

Ateliês

Universos educativos, plásticos e sensoriais

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Semana das Matérias Rurais

Exposição Virtual

36 Variações com 3 Matérias Rurais

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4. Aldeias da nossa História

Nesta ação, os alunos aprenderam com mais profundidade o conceito de património, fazendo a distinção entre património material e imaterial. Com a preciosa colaboração dos professores titulares de turma e dos encarregados de educação, os alunos fizeram trabalhos de pesquisa sobre as suas aldeias, fazendo um levantamento exaustivo do seu património material e imaterial.

Estavam previstas diversas atividades e uma visita de estudo no âmbito desta ação. No entanto, fomos "apanhados" pelas contingências da pandemia, pelo que a partir daqui, todos os planos "no terreno" ficaram suspensos. Expomos neste espaço alguns dos trabalhos realizados pelos alunos sobre as suas aldeias.

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Alva

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Farejinhas

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Granja

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Mões

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Reriz

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Ribolhos

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Savariz

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Soutelo

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Santa Eufémia

Vila Franca

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Catarina Tessitori

4º ano EB Mões

5. Serra do Montemuro / 

A Última Rota da Transumância

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O património vegetal da Serra do Montemuro e a Transumância

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Colaboração com Plano Nacional das Artes - Castro Daire

A Última Rota da Transumância

Falar de transumância, é falar da deslocação sazonal de gado de umas regiões para outras. Esta prática remonta a tempos remotos, mas na atualidade está praticamente extinta.

A Serra do Montemuro, foi uma região transumante  durante longos anos, enchendo-se de gado vindo do planalto Beirão. 

Assim, rebanhos da zona da Serra da Estrela juntavam-se e deslocavam-se   para o Montemuro entre o S. João e o S. Pedro e permaneciam cá, até perto do dia 15 de agosto, dia da festividade litúrgica da Assunção de Nossa Senhora .

No início da transumância, chegaram a vir trinta mil cabeças de gado, depois com o passar do tempo, foram diminuindo, e nas últimas transumâncias rondavam as três mil cabeças.

Havia entre os pastores, um que organizava e comandava a transumância, era chamado  o Maioral.

Os pastores predominantes de alguns concelhos do planalto Beirão, que se deslocavam até ao Montemuro, combinavam entre si o lugar do encontro para depois todos subirem até esta serra- era na povoação de Barbeita, freguesia de Rio de Loba, nas proximidades de Viseu.  Daqui, dava-se o princípio de uma jornada de longos dias, passando por Cavernães, Pedras Negras, Mões, Ribolhos, Castro  Daire e subiam ao monte de Rossão.

Os pastores, neste trajeto, confrontavam-se  com algumas dificuldades, sendo uma delas o terem que  conduzir o rebanho de forma a que o rebanho não invadisse os lameiros nem os terrenos cultivados, entre o rio Vouga e o rio Paiva.

A razão pela qual existia a transumância, era a falta de pastagens, pois como eram muitas cabeças de gado, as pastagens acabavam por faltar e,  então,  dava-se a deslocação para outras regiões com pasto.

Na serra do Montemuro, ainda existem vestígios da transumância, como por exemplo, as canadas, que eram caminhos ou carreiros entre muros, por onde o gado passava. Também existem pedras com um buraco, feito ou natural, para onde os pastores tiravam o leite das cabras e ovelhas e davam de alimento aos enormes cães. Existem abrigos naturais feitos nos penedos, onde os pastores se abrigavam e cozinhavam. Encontram-se ainda alguns assadores improvisados  e pedras erosivas das fogueiras,  em abrigos de penedos que são testemunhos da estadia dos pastores ali.  Os cães serviam de vigia, pois havia o ataque dos lobos, mas também conduziam o rebanho. Usavam coleiras com pregos para se defenderem dos lobos, que os atacavam no pescoço.

Os lugares onde apascentavam o gado, depois,  serviam para a sementeira  do centeio, visto que onde o gado andasse , ficavam as caganitas que  estrumavam o  terreno.  No fundo, era uma moeda de troca. A serra dava o pasto e os rebanhos davam o estrume.

Os rebanhos deslocavam-se pelos montes do Montemuro, não permaneciam o tempo todo no monte de Rossão. Póvoa do Montemuro, Picão, Carvalhosa…toda esta zona da serra era fonte de alimento.

O último ano em que o rebanho se deslocou do planalto Beirão para o Montemuro foi em 1999, daí dizermos que a última rota da Transumância foi em 1999.

Deixou de haver o espetáculo que novos e velhos adoravam ver.  Quando ao longe se via uma imensa nuvem de pó, diziam “já lá vem o rebanho… já lá vem o rebanho!” e todas as pessoas iam para lugares estratégicos para verem a chegada do rebanho e a passagem dele até a vista alcançar.

 

Por Profª Celeste Almeida

(residente em Castro Daire)

FICHA DE LEITURA

  1. O que entendes por transumância?  ( não esquecer que transumância significa deslocação )

  2. De onde vinham os rebanhos transumantes até chegarem à Serra do Montemuro?

  3. Como se chamava o pastor responsável pela organização da transumância ?

  4. Indica o trajeto do rebanho em terras do nosso concelho.

  5. Quais as razões que levavam os pastores a deslocarem-se para outras regiões?

  6. Nos montes onde os animais pastavam, que cereal era semeado e porquê?

  7. Quanto tempo, mais  ou menos,  permanecia o rebanho na nossa serra?

  8. Em que ano se  deu a última rota da Transumância?

A ÚLTIMA ROTA DA TRANSUMÂNCIA

Hoje, a transumância dos rebanhos e pastores da Serra da Estrela para a Serra do Montemuro é recordada no evento cultural A Última Rota da Transumância, que se celebra pelo São João e recria os usos e costumes relacionados com a Pastorícia, preservando a tradição e revitalizando a cultura e a identidade do povo, com ateliês, animação cultural e mostra de gastronomia e artesanato.

clica aqui

“A ÚLTIMA ROTA DA TRANSUMÂNCIA” EM 2º LUGAR ENTRE OS FINALISTAS REGIONAIS DAS “7 MARAVILHAS DA CULTURA POPULAR®”


Depois da Organização das 7 Maravilhas de Portugal® ter recebido 504 candidaturas ao seu concurso de 2020, dedicado à Cultura Popular, o Painel de Especialistas composto por 7 elementos de cada um dos 18 distritos e 2 regiões autónomas, elegeu 7 patrimónios de cada região, num total de 140 finalistas regionais, que participarão nas respetivas eliminatórias regionais, em antena a partir do dia 6 de Julho na RTP1 e RTP Internacional.


“A Última Rota da Transumância” encontra-se nos 7 finalistas regionais do Distrito de Viseu e obteve um honroso 2º lugar na competição, continuando em concurso para as semi-finais.
Esta distinção comprova a importância deste evento na cultura imaterial popular e da sua autenticidade e identidade para a promoção do território, baseado em vivências e saberes únicos, elevando o nome do concelho de Castro Daire através da sua cultura e dos seus produtos endógenos.

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SERRA DO MONTEMURO/ A ÚLTIMA ROTA DA TRANSUMÂNCIA

 

PALCO DAS ARTES

Os alunos do Agrupamento de Escolas de Castro Daire, integrados no Projeto Cultural de Escola - Plano Nacional das Artes, atualmente confinados em suas casas, expressaram os seus conhecimentos e sentimentos sobre esta temática, e prepararam-nos um espetáculo com trabalhos criativos sobre a Serra do Montemuro e a Última Rota da Transumância. Este espetáculo artístico pode ser apreciado e visitado no Museu Municipal de Castro Daire, onde se encontra exibido na exposição "Serra do Montemuro e A Última Rota da Transumância".

Atenção! 3, 2, 1... O espetáculo vai começar!

Era uma vez uma ovelha...
por Bárbara Costa, 1ºA , Escola Básica de Castro Daire
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Aprende com a Maria...
por Maria Mendes, 1ºA , Escola Básica de Castro Daire
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A serra do Pedro...
por Pedro Morgado, 1ºA , Escola Básica de Castro Daire
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 Soraia na casa da Transumância...
por Soraia Oliveira, 2ºAno , Escola Básica de Alva
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 As crianças e as suas ovelhas...
Vários alunos 1º ciclo AE Castro Daire
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Montemuro e a Transumância
Vários alunos 1º ciclo AE Castro Daire
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 Plantas e Pompons..
Vários alunos 1º ciclo AE Castro Daire
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 As pedrinhas do Duarte
Por Duarte 2ºG EB Castro Daire
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Arte da Terra em Família
Maria Costa 1ºA  EB Castro Daire
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