Árvore a explosão lentíssima de uma semente
é com esta frase-poema de Bruno Munari que abre o manifesto-estratégia do Plano Nacional das Artes, apresentado publicamente no dia 18 de Junho de 2019. Passado um ano – e que ano este! -, é importante olhar para esse processo explosivo que privilegia o crescimento sustentado e a lentidão.
1. A Árvore
(...) o Plano tem como missão promover a transformação social, mobilizando o poder educativo das artes e do património na vida dos cidadãos: para todos e com cada um. Ou seja, é preciso reforçar a antiga noção de “democratização”, com uma consciência mais autêntica de “democracia cultural”, do papel ativo a desempenhar por cada um, por cada comunidade – e capacitar para que assim aconteça, responsabilizando cada um pelo horizonte cultural do seu Km2.
Esta é a árvore que esperamos: um país em que o compromisso cultural está integrado na vida das pessoas e das organizações como fator assumido do seu desenvolvimento sustentável. Uma comunidade que compreende que as artes e o património fazem parte da vida – e não são uma via paralela, só para alguns – e que reconhece que a cultura existe para transformar a existência e não para a decorar.
2. A Semente
Para ver essa árvore crescer, lançámos, há um ano, um manifesto e uma estratégia que, ao longo destes 12 meses, em trabalho subterrâneo ou em manifestação iluminada, colocámos em movimento (...)
3. A explosão lentíssima
(...) Sabemos que nos inserimos numa tarefa que não começou nem terminará connosco. É um trabalho de muitos e para muito tempo. Privilegiamos esse tempo longo, o das estruturas, das raízes, da mudança de paradigma e de mundividência. A árvore não surge de modo instantâneo – mas escutamos já, nos rumores deste tempo estranho, os ecos de uma explosão presente e por muitos desejada.
Por Paulo Pires do Vale
Comissário do Plano Nacional das Artes
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