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Foto do escritorCASA DO PATRIMÓNIO | PNA Castro Daire

Castro Daire

"É vila e sede de concelho. Situa-se na zona Norte da província da Beira Alta, entre a cidade de Viseu e Lamego.

Atendendo ao nome, é natural que esta terra tivesse começado por ser um castro (povoado fortificado), pré-romano.

Amorim Girão, baseando-se na grafia das inquirições, Castro de Airo ou Castro Dairo, formulou a hipótese de que o nome estava ligado ao seu antigo possuidor (Ario). Há, no entanto, outra versão, baseada numa inscrição epigráfica, ainda não decifrada, encontrada em 1877, aquando da reconstrução da Ponte Pedrinha, e parece ser uma ara votiva dedicada a uma divindade indígena, de nome Arus. Este deus ter-se-ia perpetuado no topónimo da vila.

Da presença dos Romanos nestas terras há vários vestígios arqueológicos- inscrições, pdaços de cerâmica, moedas, trechos de vias romanas...

Da passagem dos Árabes, restam-nos algumas lendas e topónimos, como Moura Morta, Almofala, Penedo da Moira (Relva) e outros.

A vila de Castro Daire teve carta de foro dada, como se pode deduzir, por D. Afonso Henriques e carta de privilégios concedida por D. Dinis.

Em 14 de Março de 1514, D. Manuel I concedeu-lhe foral novo.

Em 1527 o termo do Concelho de Castro Daire era composto pelos lugares de Fareja, Folgosa, Mosteiro, Farejinhas, Lamelas, Vale de Matos, Braços, Carvalhas (carualhos), Relva, Colo de Pito (colo do fyto), Monteiras (monteiros), Baltar de Baixo (baltar do fundo), Baltar de Cima, Custilhão (crestelhão), (vall da Pereira), (?), sam paio, Vila Pouca e Ester de Cima (dester de cima). Tinha então 318 moradores e na Vila sede de Concelho, 92. Confrontava com o Couto do Mosteiro da Ermida, e com os concelhos de: Moção, Mões, Alva, Lafões, Mesio, Várzea da Serra e Pendilhe.

Em 1752, Castro Daire era Vila da correição de Lamego, província da Beira. Em 1811, era concelho na mesma província com juíz ordinário na comarca já com duas freguesias, Castro Daire e Monteiras. Em 1826, Castro Daire tinha 580 fogos e Monteiras 104.

Dado que em 1836 muitos concelhos foram extintos, Castro Daire, em 1842, aparece já com 12 freguesias.

Por extinção do concelho de Fráguas (Vila Nova de Paiva), em 7 de setembro de 1895, passaram para o concelho de Castro Daire as Freguesias de Touro e Vila-Cova-à-Coelheira que, em 13 de Janeiro de 1898 transitaram para o concelho de Vila Nova de Paiva, passando para o concelho de Castro Daire a freguesia de Almofala. Extintos os concelhos de Alva, Gafanhão, Mões, Reriz e Ribolhos, são criadas mais oito freguesias no concelho de Castro Daire, ficando então com 21 freguesias.

Pelo Decreto-Lei 37.352 de 25 de Março de 1949, é criada a freguesia de Cujó que foi desanexada de S. Joaninho, e desta forma Castro Daire passa a ter as seguintes freguesias: Almofala, Alva, Cabril, Castro Daire, Cujó, Gafanhão, Gosende, Ermida, Ester, Mamouros, Mesio, Mões, Moledo, Monteiras, Mouramorta, Parada, Pepim, Picão, Pinheiro, Reriz. Ribolhos e S. Joaninho.

Em 2001 - Castro Daire continua como sede de concelho composta por 22 freguesias e 212 lugares, pertence ao Distrito de Viseu, província da Beira Alta.

As Paróquias do concelho repartem-se pelas Dioceses de Lamego e Viseu, constituindo o Rio Paiva fronteira religiosa."

In Castro Daire - Forais Manuelinos, Adérito Pereira Ferreira

Adérito Pereira Ferreira nasceu em 1955, na aldeia de Vila Franca – Castro Daire. Empresário por conta própria, fez formação em jornalismo e dirigiu várias instituições do concelho de Castro Daire, incluindo a Rádio Limite. Apaixonado pela natureza, a fotografia e a etnografia, é autor de várias obras, como: À Descoberta do Rio Paiva, Montemuro Gente Flora Fauna, Socalcos de Xisto... É sócio fundador e Grão Mestre da Confraria do Bolo Podre e Gastronomia do Montemuro,  concelho de Castro Daire.  


 

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