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AS MAIAS

Já floreiam giestas pelos montes,

aromas acres invadem os caminhos.

O amarelo e o branco em horizontes,

à mistura com roxos rosmaninhos.


Vamos em bandos colhê-las aos braçados,

antes que nasça o Sol das madrugadas.

Com elas marcaremos as moradas

das nossas gentes e dos nossos gados.


Para que não entrem nelas inimigos,

nem a má sorte de azares ou castigos

que às vezes caem sobre a Natureza.


As maias são prenúncio de farturas

com que a Terra, nas suas criaturas,

presenteia o trabalho e a beleza.


In Imagens da beira-Paiva, Aurora Simões de Matos


Aurora Simões de Matos é natural de Castro Daire e residente em Lamego. Professora de profissão, formou-se na Escola do Magistério Primário de Viseu e na Faculdade de Motricidade Humana. Com uma atividade literária assinalável, é autora de várias obras e antologias, prefaciadora e apresentadora de várias obras de autores diversos. É membro da Sociedade Portuguesa de Autores e membro honorário da Academia de Letras e Artes Lusófonas.



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